Uma relação próxima...
No dia 16 de Junho de 1925 decorreu no Restaurante do
Palácio de Cristal, um banquete de homenagem ao Presidente da Direcção dos
Bombeiros Voluntários Portuenses José Machado Pinto Saraiva e de comemoração do
1º aniversário de posse de Gabriel Cardoso Júnior, enquanto comandante dessa
corporação. Durante essa cerimónia foi distribuído pelos convidados um soneto
de Maximiano Ricca, impresso em cartolina sobre o distintivo da associação.
Maximiano Ricca, Maio de 1925
Soneto dedicado à "Briosa
Corporação dos Bombeiros Voluntários Portuenses"
Maximiniano Ricca, farmacêutico
de profissão com estabelecimento na Rua do Bonjardim, cultivou enquanto poeta
os géneros líricos e satíricos. Foi ainda adepto da poesia jocosa tendo
colaborado, com o pseudónimo de “M Cacir”, no “Pimpão”. Segundo Sampaio Bruno o
seu volume de versos Lyricas, está colocado entre as obras mais importantes da literatura
portuguesa contemporânea. As
produções poéticas deste autor estão carregadas de belas e pitorescas imagens,
bem como, de estímulos nobres. Estas características talvez fossem oriundas, do
facto de na sua botica reunir de forma regular, figuras do mais alto panorama
intelectual da época e como tal de “elevado cunho mental”.
Retrato de Maximiano Ricca
(1853-1928)
Durante a sua vida, para além de outras obras, escreveu o Hino da
Cidade do Porto (composto por Jacinto Figueiras), A Surpreza: comédia original
em um acto, no final do século XIX, Lyricas em 1903, o Hino aos Ervilhinhas em
1909, Calixto Júnior: comédia em um acto em 1919, Margarida e o caçador e o
Pescador em 1919.
Era um amigo fervoroso dos Bombeiros Voluntários Portuenses, como afirma Ernâni de Barros Freire, “Quando lhe passávamos à porta, quantas vezes ele nos surgia açodado e com acenos nos perguntava onde era o incêndio. E quantas vezes também eu, com as mãos junto da boca, como se fora um altifalante, satisfazia a sua curiosidade e ele lá ficava, como que rezando por nós!”
Era um amigo fervoroso dos Bombeiros Voluntários Portuenses, como afirma Ernâni de Barros Freire, “Quando lhe passávamos à porta, quantas vezes ele nos surgia açodado e com acenos nos perguntava onde era o incêndio. E quantas vezes também eu, com as mãos junto da boca, como se fora um altifalante, satisfazia a sua curiosidade e ele lá ficava, como que rezando por nós!”
Referências:
O Tripeiro, Série V, Ano VII,
Nº9, pp.214-238
O Tripeiro, Série V, Ano XI, Nº7, pp.214-241
Jornal A Verdade, 18 de Junho de 1925
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